tantos dias na cidade
tantas noites na cidade
não sei por que ainda me perco
numa ida ao bar
ou a procurar um lugar
procurar um alguém
pra subir comigo
nos mais altos
e velhos edifícios
tão difícil quanto
procurar um abrigo
é verdade que não há ninguém
é verdade que não há o que fazer
em madrugadas perdidas
quando os carros correm
e cortam os viadutos
e me levam
muito mais rápido
do que eu iria
a pé
queria saber como anda a cidade
como anda você
se a cidade morreu
depois que eu a deixei
queria saber
se a cidade sou eu
imagem: Gregório Gruber (reprodução)
A gente se esquece que o abrigo tá dentro e que muito frio mata.
ResponderExcluirLindo *-*
Já pode começar a cobrar livro com os poemas daqui? :)
ResponderExcluir!!!!!!!!! amei.
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