olho do outro lado da mesa
e não vejo você
sempre ali a me olhar
três de janeiro. três dias se foram e ainda nem vi você
hoje a noite será devagar
o ano passou tão rápido
eu já voltei pra são paulo e não para de chover
eu checo o e-mail, checo o celular
mas nunca nada de você
a ausência é cruel
seus cotovelos apoiados na mesa
seus dedos passando por papéis
não aguento mais. quero te ver
não é justo
você ter minha camiseta
e eu não ter uma peça de roupa sequer
nem vestido, nem calcinha
pra eu apertar no meu nariz e ter um pouco de você
enquanto tu toma sol em outra praia
longe do mar de santos onde se entregou a mim
eu espero na chuva o retorno daquela
que pra sempre quero chamar de: minha mulher
São Paulo, 3 de janeiro de 2011
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